Opinião literária: "O Mago: Aprendiz" e "O Mago: Mestre" de Raymond E. Feist

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Opinião literária:

Desde o seu lançamento que tinha a curiosidade em ler a saga "O Mago" de Raymond E. Feist, devido à sua reputação como excelente Saga de Fantasia (género que mais gosto) e os empréstimos literários conseguiram fazer-me arranjar estes livros.

O livro narra a história dos habitantes da genericamente pacífica Midkemia, dando especial destaque à vida do jovem Pug, aprendiz aparentemente pouco sucedido de Kulgan, o Mago de confiança da corte do Duque de Crydee. Quando um estranho naufrágio é descoberto por Pug e o seu melhor amigo, Tomas, os responsáveis de Crydee descobrem que poderá estar pela frente uma guerra longa e difícil perante um inimigo alienígena com aparente superioridade bélica.

Desde já confesso que a leitura do primeiro volume demorou cerca de um mês e isso deveu-se a vários motivos. Para além das motivações pessoais, que para aqui não são chamadas, creio que a principal razão desta demora no primeiro volume foi o facto de este ser genericamente introdutório, constituindo pouco mais do que um enquadramento aos acontecimentos futuros. Esta introdução é assim caracterizada por uma acção mais pausada e não tão envolvente quanto o ideal, o que torna mais maçadora a leitura do primeiro livro. No entanto, toda esta inércia é compensada em "Mestre", com uma narrativa cheia de mudanças de cenário e suspense entre as mesmas, que deixam o autor ávido de saber os acontecimentos futuros.

As personagens, apesar de não muito complexas, sofrem muitas reviravoltas no decorrer da narrativa, tendo alterações de personalidade bastante vincadas sem, no entanto, se verificar uma gradação adequada de tal. Talvez pela necessidade de saltar bastantes períodos de tempo de modo a não tornar os livros maiores nem a narrativa maçuda, estas alterações de personalidade são bastante bruscas, destituindo a narrativa de alguma da sua naturalidade e fluidez.

A complexa estratificação da sociedade Tsurani, invasora de Midkemia, carece também de uma explicação cuidada, verificando-se muitas vezes alguma dificuldade em acompanhar o raciocínio das personagens e tornando alguns diálogos pouco claro e algo metafóricos.

De gabar é, no entanto, a imaginação do autor, que traz ao leitor algo de novo e uma visão de certa forma refrescante à Literatura Fantástica, trazendo um novo ponto de vista sobre típicos personagens fantásticos (como os anões, elfos ou magos).

Tratam-se de dois livros bastante bons e inovadores que, no entanto, não justificam a premissa de "um dos 100 livros mais populares de todos os tempos" com que é publicitado.

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