Game of Thrones ou "o que acontece quando alguém inteligente resolve fazer uma série em vez de um filme"

14:15

















Aviso: Blá blá blá isto é um texto de opinião, blá blá blá SPOILERS, considerem-se avisados. ATENÇÃO, Game of Thrones é uma série da HBO. Isso significa que não vão querer os vossos filhos a ver. Acreditem, o Ned e a Catelyn Stark também não queriam que o Bran tivesse visto.

Para quem tem andado distraído, ou simplesmente não é norte-americano e opta por não visualizar séries de modo mais ou menos ilícito, saibam que, tal como está explícito no título deste post vou falar aqui sobre a série televisiva "Game of Thrones".

Game of Thrones (ou, em tradução tuga mais ou menos acertada "Guerra dos Tronos" - GoT para os amigos) é uma série de televisão Norte-Americana criada por David Benioff e D. B. Weiss, baseada na saga A Song of Ice and Fire (Crónicas de Gelo e Fogo na tradução tuga, ASoIaF na linguagem internauta) escrita por George R. R. Martin desde 1996 até à actualidade (e ainda não concluída).
A série é exibida pela HBO desde 17 de Abril deste ano e conta até agora com uma temporada, sendo que a estreia da 2ª está prevista para a Primavera de 2012. Deve o seu nome ao do 1º volume da saga e a 1ª temporada conta com a adaptação integral do mesmo (primeiros 2 volumes - Guerra dos Tronos e Muralha de Gelo - em edição portuguesa).

Para quem segue aqui o blog e tem uma memória verdadeiramente espectacular (quem não tem, pode ir à etiqueta opiniões literárias e procurar) sabe que no ano passado li o primeiro volume (em tuga) de ASoIaF e adorei! Publiquei isso mesmo sob a forma de opinião literária, elogiando o autor, o enredo e as personagens e, até agora, não mudei de opinião. Antes pelo contrário, mas discutirei isso em posts futuros. Obviamente ao ler detectei logo que a série teria um imenso potencial em termos audiovisuais, nomeadamente depois do estrondoso sucesso de "Senhor dos Anéis", que levou aqui há uns anos à estimulação do crescimento da exploração do género Fantástico por parte da indústria cinematográfica (e ainda bem!). Portanto, uma notícia da hipótese de adaptação de ASoIaF para o cinema não me admiraria de todo e até alegrar-me-ia se não fizessem daquilo um show de cortes e acontecimentos mal explicados, como vemos tantas e tantas vezes.
A questão é que acabei involuntariamente por subestimar as capacidades de David Benioff e D. B. Weiss. Porque, na verdade, estes senhores mostraram ser bem mais inteligentes que muita gente no negócio e isto pelo simples facto de que em vez de um filme decidiram fazer... isso mesmo, uma série!
A princípio poderá parecer que a diferença não é assim tão significativa. Afinal, no fim de contas e se analisarmos as coisas, tirando todas as questões técnicas e práticas da questão, uma série não é muito mais, já o diz a equipa técnica de GoT e muito bem dito, do que um filme de longa duração. Mas, na realidade, a resposta reside mesmo aí! É que, se repararem bem, o tempo é a questão chave! Todos os cortes que teriam de ser feitos fazendo um filme não serão precisos. Toda a preocupação com a escolha das cenas indicadas? Quase irrelevante, dando espaço até para a criação de novas cenas. E, não menos importante: uma série dá espaço ao espectador para se familiarizar calmamente com as personagens e atingir uma relação com as mesmas e com a história que não seria possível em tão larga escala com um filme de, no máximo, 3 horas (e já estamos a falar de um filme longo).
É assim, meus caros, que se fazem as coisas quando o objectivo é fazer algo de qualidade e que deixe o público satisfeito!

Ok, confesso abertamente que, talvez por já ter lido o 1º livro, GoT não me convenceu totalmente ao 1º episódio. Não que lhe faltasse nada, apenas pareceu-me demasiado... parado. E estranhei também o facto de o Bran ser atirado da janela logo no fim do episódio (depois vim a saber que os livros em tuga são divididos em 2 e que, portanto, na prática, eu só tinha lido meio livro - para meu desgosto e da minha carteira). De qualquer forma a simpatia pela série foi aumentando episódio a episódio sendo adoçada esta jornada a partir do 5º episódio, uma vez que eu não sabia de todo o que ia acontecer a seguir e culminando com um final fabuloso e uma fã incondicional do trabalho apresentado tanto pelo autor e co-produtor George R. R. Martin como por toda a equipa envolvida.

De destacar particularmente alguns aspectos, sendo o primeiro todo o trabalho visual, de cenários, figurino e fotografia. De facto, nota-se desde o início um cuidado extraordinário com os cenários e o enquadramento de cada um dos locais onde ocorre a trama, desde a tipicamente medieval Winterfell às áridas e praticamente desertas areias do território Dothraki. Ao mesmo tempo, cenários semelhantes têm cada um a sua particularidade e o seu apontamento específico que permite diferenciar cada uma dos territórios e que facilita a compreensão da complexa vastidão de cenários que a história retrata.
A adaptação ao pequeno ecrã está, contrariamente a muitos casos vistos recentemente, extraordinariamente bem feita, sendo a série não só fidelíssima ao livro, mas tendo simultaneamente características próprias dadas em grande escala por uma quantidade ideal de excelentes cenas acrescentadas e pelo maravilhoso elenco que da vida às personagens de Martin.
O elenco é, por si só, outro dos pontos fortíssimos da série. Desde Sean Bean no papel do forte e para sempre (a não ser na morte -.-) honroso Eddark Stark de Winterfell; a Jason Momoa, uma revelação extraordinária na sua interpretação praticamente silenciosa do rude Khal Drogo; passando por todo o elenco infantil que se revelou uma das pérolas valiosas da série, nomeadamente Jack Gleeson, como Joffrey *cof*Lannister*cof* Baratheon e Maisie Williams como Arya Stark.
Confesso, no entanto, que Lena Headley me confundiu com a sua interpretação de Cersei Lannister. Não gostei, a princípio, da faceta quase humana que Lena emprestou a Cersei e que, claramente, não existe nos livros. Porém, com o decorrer da temporada, entendi o que Lena tentou demonstrar. Na verdade, Cersei é o verdadeiro extremo de conceito da leoa que defende o clã até ao fim, até às últimas consequências e se isto, de certo modo, implica passar por cima de tudo e de todos, que assim seja! No entanto, Lena deu à personagem um aspecto positivo que não transparece nos livros e tal, no fim, acaba por poder ser interpretado como uma mais-valia.

Recomendo vivamente a quem gosta de um excelente história repleta de intrigas e cenários vibrantes e, como é costume, puxem dos lencinhos!

E como me apetece e vi isto no Game of Thrones Portugal cá vai o Best Of Game of Thrones, neste caso do Silk and Magic e com algumas alterações:

Melhor Episódio:
- Episódio 09, "Baelor" - Por AQUELA cena final.

Pior Episódio:
- Episódio 01, "Winter is Coming" - Porque me pareceu um início bastante ameno, apesar de tudo. Provavelmente se vir outra vez a série mudarei de ideias.

Melhor Cena:
É preciso dizer? A execução de Eddard Stark! Mas para não me tornar repetitiva devo dizer que a cena final da season, com a cremação do Drogo e, consequentemente, da Danny foi mind-blowing.

Melhor cena não apresentada nos livros:
Sem dúvida a luta do Khal Drogo. Aaaaaargh, completamente espectacular!

Pior Cena:
Acho que não consigo propriamente eleger uma.

Melhor Actor/Actriz:
Creio que o fandom é consensual nesta. Peter Dinklage! Tyrion Lannister ajuda, mas Peter fá-lo ainda mais fantástico.

Pior Actor/Actriz:
Apesar de ter percebido o porquê da diferente interpretação da Cersei vou ter de escolher Lena Headley pela necessidade de uma vilã extremamente má que acabou por não existir.

Melhor Personagem:
Tyrion Lannister! Eu disse que ele ajudava!

Pior Personagem:
Não em termos de complexidade, nem de má interpretação, mas porque me deram nos nervos:
- Lysa Arryn e a sua falta de capacidade para fazer de um filho um homem decente! Aquela visão do miúdo a mamar foi definitivamente assustadora. Por favor chamem os manos Winchester para fazer um exorcismo a esta senhora, com urgência!
- Viserys Targaryen e o facto de ser um fraco com a mania. Alguém que deixe claro a esse senhor que a Danny é que é a BAMF do pedaço... aaaah... pois é, o Drogo já o fez!
Devo ainda acrescentar que apesar de o adorar e venerar, John Snow está em risco de vir parar a esta lista. I mean, quem é que pode explicar ao rapaz de um modo que ele entenda que ele apesar de um bastardo é extremamente bem tratado por praticamente toda a família e, de facto, considerado família por todos menos pela Catelyn Stark (entenda-se que eu também não morro de amores pela senhora)? Por que raio se foi ele juntar à Patrulha da Noite afinal? E privar-se de uma sortuda que ele futuramente amaria e teriam filhinhos e tudo mais? A minha vertente romântica acha tudo isto muito mal!
Melhor Evolução de Personagem:
Daenerys Targaryen! Vejam a série que eu sozinha não consigo explicar o quão flat ela é e o quão BAMF ela se torna. Estou praticamente a rezar para que ela e os meninos dela invadam Westeros e queimem aquilo tudo!

Melhor adereço:


I mean, é preciso dizer mais alguma coisa? *.*

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1 comentários

  1. confesso que nao li o texto todo deste post, o que nao e relevante vistoq ue ainda nao li nem vi nada desta serie, mas so por esta ultima imagem e por aquelas coisas mais fofinhas digo que este foi um dos teus melhores posts eheh (jk)

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